quinta-feira

Capítulo 1

Abriu os olhos. Escuridão. Sensação estranha.Boca seca. Lugar desconhecido.
Onde estou? O que aconteceu? - Perguntas saltavam a sua cabeça. Virava a cabeça para os lados procurando uma imagem conhecida, qualquer coisa que pudesse acalmá-lo. Não lembrava seu próprio nome! Suou frio.
Estava muito confuso e atordoado com tudo que não entendia. Forçava sua mente buscando seus últimos momentos de consciência, buscando respostas a todas sua perguntas, em vão. Tentava de todas as maneiras uma explicação para tal acontecimento - Em qual bar fui ontem? Será que matei a garrafa de Red aqui de casa? - Nada. Adormeceu perdido em pensamentos.

Bocejou e virou-se de bruços.
Abençoado seja o domingo de manhã. Não se preocupou em levantar, limitou-se a um pequeno sorriso de satisfação ao canto da boca. Descanso merecido, tinha trabalhado muito durante a semana que passará.
Genivaldo! - Pensou instantâneamente no que aconteceu durante a noite.
Lembrou-se do sonho estranho que teve. Abriu os olhos, a claridade lhe inundou a vista - Não acredito! Dormi de luz acesá dinovo! - Sentou-se na cama e aos poucos foi se acostumando com a claridade, percebeu que a luminosidade não vinha do teto como imaginara e sim de sua frente. - Da parede?- Imaginou.
Da janela.
Uma janela?Pensou espantado. Seu quarto não tinha uma janela daquele tamanho.
Recuperou-se do choque e levantou-se aos poucos da cama. Todos os chãos são frios durante as manhãs de Outono, mas não esse. Caminhou vagarosamente para a janela de onde vinha aquela grande luz. Conforme caminhava, tentava ver o que tinha na janela e ao seu redor, alternando as mãos que protegiam os olhos devida tamanha força.
Ao se apróximar, notou que não era uma janela comum. Ela não abria e não tinha vista para lugar nenhum. Era apenas uma luz. Voltou em direção a cama sem desgrudar os olhos da suposta janela.
To fudido!To fudido! Que aconteceu? Onde eu tô?Como vim para aqui?- O desespero o consumiu rapidamente, milhões de pensamentos lhe preenchiam à mente. Buscava uma resposta coerente;
-Só pode ter sido zuera dos meus camaradas. Que filhos da puta! Só porque fiquei locão ontem, me aprontaram essa! Deixa eles...- Foi se acalmando ao mesmo tempo em que pensava em como ia dar o troco em seus amigos.
Depois de esclarecido tudo, foi ver o que aprontaram com ele. Estava vestindo um pijama tipo última moda de Hospital, totalmente branco. Igual ao lençol, os travesseiros e o cobertor. O chão era um cinza como nunca tinha visto antes, assim como a cômoda e o espelho que tinha nela. Avistou suas mãos. Entrou em xoque!


Sensação estranha.Boca seca. Lugar desconhecido.


"Ninguém tem o direito de me julgar a não ser eu mesmo.
Eu me pertenço e de mim faço o que bem entender."

Um comentário:

Felipe disse...

caraio bicho... que meda!

quando sai o capítulo dois? hehehe